Arquidiocese de Braga -

26 setembro 2022

MTCE organizou Seminário sobre impacto da pandemia

Fotografia MTCE

DACS

A iniciativa decorreu em Alfragide, região de Lisboa, de 21 a 24 de Setembro.

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O Movimento Europeu dos Trabalhadores Cristãos (MTCE) organizou um seminário intitulado "Repercussões da Pandemia do Coronavírus no Emprego e nos Assuntos Sociais – Lições aprendidas / medidas para a reconstrução”. 

A iniciativa decorreu em Alfragide, região de Lisboa, de 21 a 24 de Setembro. Participaram no Seminário 35 representantes e convidados de filiados no MTCE, de oito países europeus, entre os quais a LOC/MTC de Portugal.  

"A pandemia do Coronavírus não é apenas um problema de saúde, é também um problema social que agrava problemas pré-existentes. Estes incluem pobreza, desemprego, condições de vida desiguais, desigualdades entre mulheres e homens, entre ricos e pobres. As disparidades têm aumentado", alerta o MTCE em comunicado.

O Movimento refere preocupações com os prestadores de cuidados remunerados e com aqueles que se encontram em regime de teletrabalho, que ainda não possuem um quadro legal que assegure os seus direitos.

"Constatamos também que os grupos já de si vulneráveis foram particularmente afectados pela pandemia, que inclui por exemplo, pessoas pobres, migrantes, ciganos, pessoas com deficiência, jovens, etc. A pandemia resultou em stress psicológico para muitas pessoas até aos dias de hoje. A tendência para o individualismo tem aumentado", pode ler-se no comunicado.

No entanto, o MTCE refere aspectos positivos, como a solidariedade das populações, que facilmente se uniram para se ajudarem umas às outras.

"Durante a pandemia, as empresas da economia social fizeram um uso particular dos seus pontos fortes. Ao colocarem a solidariedade no centro, mostraram-se particularmente resilientes. A economia social está activa em todos os sectores: São empresas locais que reduzem as desigualdades e contribuem para o emprego sustentável", sustenta o Movimento.

O MTCE defende a melhoria das condições de trabalho, um mundo em que as pessoas se encontrem no centro, sobretudo os mais debilitados e vulneráveis, e a solidariedade para todos os seres humanos, independentemente da sociedade em que vivam.

"A pandemia mostrou-nos com toda a clareza que são necessárias mudanças sociais. Exigiremos estas mudanças e contribuiremos nós próprios para a solidariedade e a justiça. Como cristãos e como movimentos de trabalhadores cristãos, queremos contribuir para um mundo diferente e melhor", afirma o MTCE.

Para que tal aconteça, o Movimento tem apoiado projectos concretos de solidariedade e propõe-se a continuar a reforçá-los; tem faciltado e organizado a educação (formação e educação popular) e o empoderamento, a nível pessoal e cocletivo, para a emancipação e autonomia; tem promovido o diálogo entre a Igreja e a classe trabalhadora; tem moldado activamente a mudança política e participado no debate político, inclusivamente no que diz respeito às alterações climáticas.

"Exigimos uma lei e as diligências devidas (lei da cadeia de abastecimento) ao nível da UE que melhore efectivamente as condições de trabalho e a responsabilidade ambiental nas cadeias de abastecimento. Localmente, onde trabalhamos, estamos atentos às injustiças estruturais globais. Acreditamos que todos podem contribuir para a mudança social de que necessitamos. Mesmo quando as coisas são difíceis - não perdemos a esperança. A esperança é ousada", conclui o MTCE.