Arquidiocese de Braga -

Os Bispos coadjutores, à semelhança dos Bispos auxiliares, desempenham a missão de assistir ao Bispo diocesano. A questão da sucessão diferencia Bispos auxiliares e Bispos coadjutores. Enquanto que os primeiros não gozam do direito de suceder ao Bispo diocesano, o Bispo coadjutor torna-se imediatamente o Bispo da Diocese quando vaga a Sé episcopal (CDC 409).

D. Manuel António Pires (1915-1999), do Presbitério de Bragança-Miranda, foi nomeado Bispo coadjutor de Silva Porto (atualmente Kuito, Angola) em 1955, tendo assumido a cátedra da mesma diocese três anos mais tarde. Natural de Vila Boa, Vinhais, frequentou os Seminários de Vinhais e de Bragança, onde obteve as mais elevadas classificações. Foi encaminhado para Roma, onde concluiu, em 1940, a licenciatura em Teologia Dogmática. Regressou à Diocese de Bragança-Miranda para desempenhar diversos cargos, nomeadamente no Seminário, na Cúria Diocesana, na Secretaria Episcopal, tendo sido Vigário Geral da Diocese. Em 7 de Março de 1955 foi nomeado Bispo titular de Ália e Coadjutor de D. António Ildefonso dos Santos Silva, Bispo de Silva Porto. Em 1958 passou a ser o Bispo residencial de Silva Porto. Regressou a Portugal em 1979, após a Santa Sé deferir o seu pedido de resignação. Foram múltiplas as dificuldades enfrentadas por este Bispo missionário no exercício do seu múnus. Não obstante as adversidades, o seu mandato foi pontuado por uma forte ação nos domínios da educação, da pastoral, da evangelização e da assistência social.

A Igreja faz hoje memória de São Josafat (1580-1623), Bispo que deu a sua vida pela defesa da fé católica e da unidade da Igreja. Rogamos ao Senhor que revista os sucessores dos Apóstolos, e particularmente D. Delfim Gomes, do Espírito de fortaleza, para que exerçam, com coragem e fidelidade, a missão episcopal a que foram chamados.