Arquidiocese de Braga -
3 julho 2023
Sayes: Um «marco na sinodalidade da catequese em Portugal», padre Tiago Neto

Comunicação SNEC
Nasceu em Lisboa, mas rapidamente foi acolhido pelas dioceses portuguesas através da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e trouxe nova dinâmica à catequese com adolescentes em Portugal
Chega ao fim, a um mês da Jornada Mundial da Juventude, e após quatro anos, o projeto «Say yes aprender a dizer Sim». Este foi uma experiência de “catequese com adolescentes” que chegou a milhares de adolescentes e quis ser “tubo de ensaio” para um novo modo de “fazer catequese com os adolescentes”.
“Em primeiro lugar é tempo de agradecer a todos os que colaboraram na elaboração deste projeto. O balanço é muito positivo face à expetativa inicial. Quisemos ajudar a repensar a catequese em Portugal com um pequeno projeto e surpreendeu, pela positiva, sobretudo pela adesão de catequistas e catequizandos a este projeto”, explica ao EDUCRIS o padre Tiago Neto diretor do Setor da Catequese de Lisboa.
Para o sacerdote que coordenou o projeto o “universo simbólico que percorre o Say Yes” permitiu “criar uma ligação aos adolescentes que ainda hoje se sente” e o apoio “da Comissão Episcopal da Educação Cristã foi “determinante” para alargar a iniciativa ao todo do país.
“Tínhamos como foco o desenvolvimento de uma pedagogia de projeto que produzisse uma dinâmica de serviço resultante do processo de adesão a Jesus Cristo por parte dos adolescentes”, desenvolve.
Com uma boa parte do «Say Yes» realizado em contexto de pandemia o sacerdote destaca “a relação que se criou com as outras dioceses” e que se revelou “constante ao longo do projeto”.
“Criou-se uma experiência de sinodalidade não apenas na formação dos catequistas, mas até na dinâmica de projeto, onde tivemos diversas ações de formação continuadas e que trouxe muito conhecimento do terreno”.
Com o «Say yes» o protagonismo foi “dado aos adolescentes” a partir da nomenclatura explicitada pelo Papa Francisco do ‘reconhecer, interpretar, escolher’.
“Quisemos que a experiência de oração fosse forte. Que conseguissem conhecer a Palavra de Deus acolhendo-a e que pudessem escolher bem os projetos em que se quisessem envolver. No fundo menos conteúdos, mas mais aprofundamento do que é tratado. Penso ser um ganho no processo”, reforçou.
Num projeto “inspirado na Christus Vivit e na reflexão do Sínodo dos jovens” o ‘say yes’ quis “dar um cunho vocacional e de projeto de vida à catequese”.
“Todos os projetos desenvolvidos em grupo e em comunidade cristã de serviço e de missão implicavam a construção pessoal de um projeto de vida”, recorda o responsável.
Em Lisboa a catequese do Patriarcado realizou um inquérito que mostra, de modo geral, que quem “iniciou o projeto garantiu a continuidade dos grupos”.
“Hoje vemos muitos voluntários, a vários níveis, que estiveram ligados ao ‘Say Yes’ como única catequese que tiveram neste tempo”, alegra-se.
Para o responsável um dos sucessos do projeto passou “pela produção de recursos ano a ano” e pelo “acompanhamento quase continuado dos catequistas no terreno”.
Para o futuro o padre Tiago está convicto que ao catequista cabe “ser artífice, alguém que acompanha de perto os adolescentes, não esquecendo o itinerário, mas percebendo que o que é proposto é o pretexto para a vida vir ao de cima”.
“O catequista é muito importante quando é pedagogo e mistagogo levando a pessoa ao encontro de Cristo”.
O Secretariado Nacional da Educação Cristã tem já em preparação novos materiais para adolescentes, com os tempos do discipulado missionário e o aprofundamento mistagógico, qu deve entrar em funcionamento no início do próximo ano.
Na próxima sexta-feira, em Fátima, os secretariados diocesanos da catequese vão analisar a proposta para a adolescência no pós JMJ Lisboa 2023.
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