Arquidiocese de Braga -
2 outubro 2023
Pároco de Gualtar convida a viver exemplo de S. Miguel

DM - José Carlos Ferreira
O pároco de Gualtar, em Braga, desafiou ontem todos os presentes na Eucaristia solene da Festa de S. Miguel, padroeiro da paróquia, a abrirem os seus corações para viverem o exemplo do Arcanjo S. Miguel.
O dia litúrgico de S. Miguel foi no passado dia 29 de setembro, mas ontem a paróquia de Gualtar viveu o programa mais religioso desta festa do seu padroeiro.
O cónego Avelino Amorim, que presidiu à Eucaristia solene, sublinhou o exemplo de S. Miguel que deve ser tido em conta e seguido por todos.
Desde logo, o pároco apontou o sentido da liberdade que o padroeiro de Gualtar nos aponta. “O sentido de liberdade que deve ser caraterizado pelas escolhas que promovem a vida e promovem o nosso bem e, não tanto, como tantas vezes confundimos, a nossa liberdade no sentido de fazermos o que queremos ou o que nos apetece”, disse.
Para o sacerdote, “ser livre é ser capaz de escolher o bem, e é isso que S. Miguel nos ensina”. Ou seja, “a verdadeira liberdade é sermos capazes de fazermos as escolhas, que são as melhores para nós e que nos conduzem ao bem”.
Na sua homilia, o pároco de Gualtar sustentou ainda que as escolhas de S. Miguel também se caraterizam pela intimidade e o desejo de Deus, sendo algo que “nos dias de hoje todos também temos que aprofundar no sentido da dimensão da espiritualidade, de oração, no fundo, da nossa vida da fé, que nos leva à comunhão com Deus e com os Irmãos”.
Para o cónego Avelino Amorim, o exemplo de S. Miguel Arcanjo continua a ser atual nos dias de hoje e na sociedade em que vivemos.
Segundo o sacerdote, “nós estamos muito a perder esta dimensão da espiritualidade”. Na sua perspetiva, vivemos numa sociedade que realça muito a materialidade.
“O nosso horizonte não se reduz apenas à nossa experiência. Nós somos peregrinos. Aliás, foi uma ideia que partilhei muito com as pessoas. S. Miguel convida-nos a olhar para o alto. Se nos agarrarmos apenas à materialidade, se nos esquecermos desta dimensão espiritual, ficamos com os pés demasiado presos à terra, e não vemos mais do que este horizonte”, sustentou.
Portanto, esta é a mensagem que S. Miguel Arcanjo, o padroeiro de Gualtar, deixa a todas as pessoas.
“Nós somos mais do que materialidade ou corporidade. Penso que, nos nossos dias, é uma mensagem fundamental”, acrescentou,
Esta materialidade, disse ainda, não deve impedir de olhar para o alto, para outros horizontes e para a eternidade.
Procissão de S. Miguel foi momento catequético
A Majestosa Procissão de S. Miguel, que percorreu as principais artérias da freguesia de Gualtar, foi um verdadeiro momento catequético para todos os que assistiram à sua passagem.
“Neste caminho e neste peregrinar que fazemos, os santos são para nós referência e, portanto, estão presentes os andores dos santos que são da devoção mais própria dos gualtarenses”, disse o pároco de Gualtar ao Diário do Minho antes do início da procissão.
Este que também foi um dos momentos altos desta festa do padroeiro de Gualtar teve início às 16h, com a Oração de Véspera e o sermão em honra de S. Miguel.
Depois, seguiu-se a Majestosa Procissão que integrou oito andores devidamente decorados, começando com o do Menino Jesus de Praga e terminando com o do padroeiro S. Miguel Arcanjo. Integraram ainda a procissão muitos figurados e, entre as entidades oficiais, o presidente da Junta de Gualtar, João Vieira, e a vereadora da Câmara de Braga, Olga Pereira.
O cónego Avelino Amorim sublinhou também a presença neste cortejo bíblico dos movimentos e dos grupos da Paróquia de Gualtar “que procuram viver a evangelização e o apostolado no dia a dia, para também tornar presente o Evangelho na nossa vida”.
Para o sacerdote, para além da dimensão catequética, esta Majestosa Procissão também se destacou pelo testemunho de fé que transmitiu, na medida em que saiu fora de portas da igreja e foi ao encontro das pessoas que estavam por algumas das ruas da freguesia de Gualtar.
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