Arquidiocese de Braga -

19 outubro 2023

Sacerdotes motivados à missão em Ocua

Fotografia DACS

DACS

Os sacerdotes foram convidados a não só experienciar uma cultura diferente, mas uma vida comunitária e sacerdotal que pode ser transformadora.

\n

O convite do Papa Francisco para uma Igreja em saída tem na Arquidiocese de Braga uma resposta concreta. O Centro Missionário Arquidiocesano Braga (CMAB) promoveu na quarta-feira, dia 18, o encontro “Padres sem Fronteiras”, num chamado para que sacerdotes bracarenses passem “Férias Missionárias”, de curta duração na Diocese de Pemba, em Moçambique, concretamente na Missão/Paróquia de Santa Cecília de Ocua.

Os sacerdotes foram convidados a não só experienciar uma cultura diferente, mas uma vida comunitária e sacerdotal que pode ser transformadora.

O Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, abriu o encontro a falar com entusiasmo da experiência que teve em dezembro passado ao visitar “na nossa paróquia de Ocua, que faz parte das 552 paróquias da nossa Arquidiocese” e que mesmo com uma “realidade desafiante”, as comunidades “mantêm-se vivíssimas” naquele local. 

Sara Poças e o padre Jorge Vilaça, do CMAB, deram as explicações relativas ao que é a figura do missionário e também nas questões práticas. Participaram também, via vídeo-chamada, os membros da missão arquidiocesana em Ocua.

O período de missão poderá ser de 15 dias, um mês ou até um ano, a depender do quanto o sacerdote se sinta chamado. Também foi colocada a importância de envolver as comunidades paroquiais às quais pertecem os sacerdores que saiam em missão, para que se sintam parte do  projeto.

Padre Jorge já esteve na missão por duas vezes, primeiro por dois anos e depois por um ano e falou da experiência pessoal. "A grande questão tem a ver com os efeitos que na minha vida esta experiência teve, sobretudo porque a primeira experiência foi no meu primeiro ano de sacerdote”.

Para o sacerdote, esses são momentos “muito fundacionais”. “No fundo, despertam automaticamente para algumas realidades, sobretudo a experiência de uma Igreja nova. Nós somos aqui na Europa, Portugal em concreto, uma Igreja envelhecida. A experiência de uma Igreja nova, de perceber que os Atos dos Apóstolos não são apenas um livro, mas a vivência do ano 2023 de algumas comunidades”, afirmou.

Um dos participantes, padre Rafael Poças, do Arciprestado de Póvoa de Lanhoso, ressaltou que essa pode ser uma experiência enriquecedora, onde pode-se “aprender que com pouco pode-se fazer muito”.