Arquidiocese de Braga -
16 outubro 2024
D. José Cordeiro reuniu Assembleia do Clero para fortalecer fraternidade sacramental
José Carlos Ferreira - DM
II Assembleia do Clero decorreu esta terça-feira no Espaço Vita
O Arcebispo Metropolita de Braga promoveu ontem a II Assembleia do Clero, com o grande propósito de fortalecer a fraternidade sacramental.
Falando à margem do encontro, D. José Cordeiro sustentou que o presbitério não é uma soma de presbíteros. «Nós somos servidores do Servidor, que é Jesus Cristo», e, «juntamente com o encontro de Natal, com os outros organismos de comunhão» esta iniciativa «é para fortalecer a comunhão sacramental entre nós, a fraternidade sacramental».
Segundo o prelado, «no processo sinodal, que toda a Igreja vive, o clero é chamado ainda mais à comunhão e, no itinerário pastoral da Arquidiocese de Braga, com os dois trilhos propostos, “A Conversão ao Evangelho” e “Oração e Vida Espiritual”, pretende-se o fortalecimento dos laços.
D. José Cordeiro usou a imagem de um arquipélago para falar da Arquidiocese de Braga. «Às vezes pode parecer que a Arquidiocese seja uma espécie de um arquipélago que tem muitas ilhas, que são as paróquias, as comunidades. São muito belas e são propostas muito válidas e, certamente, a fazer o melhor, mas, em muitas ocasiões, não se nota esta comunhão. E, por isso, todos nós somos chamados a ser construtores desta comunhão na esperança alicerçados no Evangelho, na oração, na vida espiritual, para que juntos prossigamos este Caminho de Páscoa» com «o grande sonho de levar Jesus a todos, disse.
O prelado lembrou ainda que há 60 anos, o Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, definiu a Igreja como uma assembleia que olha com fé para Jesus. «É esse olhar que queremos continuar a ter e na fidelidade ao ministério que nos foi confiado pela Imposição das Mãos.
Esta assembleia do clero, de presbíteros e diáconos, é para que sejamos cada vez mais efetivos e afetivos na construção da comunhão, da sinodalidade na realidade em que nos encontramos, mas no aqui e agora da história, chamados à sinodalidade, que não é novidade destes tempos», acrescentou. O Arcebispo Metropolita da Braga recordou que o Papa Francisco tem sublinhado ainda mais este sentida da Igreja, cabendo a cada um ser «fazedor da comunhão».
«Que juntos prossigamos neste Caminho de Páscoa. Mas, nós temos esta responsabilidade de Pastores. Não que sejamos mais do que outros fiéis, mas estamos ao serviço de todos, nos sacramentos, no anúncio da Palavra de Deus e no testemunho, para que a Igreja seja cada vez mais este lugar de esperança», sustentou.
Tal como na I Assembleia do Clero, nos trabalhos deste ano foram utilizadas mesas redondas, tal como aconteceu nos trabalhos do Sínodo, no Vaticano. «É interessante que já no ano passado foi assim, e nós não sabíamos que o Sínodo ia ser em mesas redondas. Já tínhamos previsto isto como método de trabalho, e depois, quando a sessão primeira do Sínodo sobre a sinodalidade também assim esteve, sentimo-nos confirmados no caminho porque isto é uma questão apenas do método e da conversação no espírito que facilita a relação entre nós», explicou.
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