Arquidiocese de Braga -

12 abril 2025

Devotos da Senhora das Dores não podem ser indiferentes ao sofrimento dos irmãos

Fotografia Irmandade de Nossa Senhora das Dores

DM - Francisco de Assis

Entre os irmãos acolhidos na celebração, estava D. José Cordeiro, como irmão honorário

A Basílica dos Congregados, em Braga, viveu ontem um dia intenso de fé, acolhimento do Senhor, através do Sagrado Lausperene, eucaristia festiva  e acolhimento de novos irmãos da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e de Santa Ana, incluindo o reitor da Basílica, o padre Paulo Terroso; e o Arcebispo de Braga, que presidiu à cerimónia. Na sua pregação, D. José Cordeiro referiu que Mater dolorosa ou Senhora das Dores é modelo de “um profundo não à indiferença”, alertando aos irmãos que quem é devoto não pode ser indiferente ao sofrimento dos outros e à presença dos muitos irmãos estrangeiros que vivem na cidade de Braga.

“A Mater dolorosa, a Mãe com a espada no coração, é o modelo da com-paixão, que é fundamental na fé cristã, isto é, um não profundo à indiferença. Com a Virgem Santa Maria, Senhora das dores podemos aprender a autêntica compaixão, a sensibilidade e proximidade face ao sofrimento alheio”, disse D. José Cordeiro.

O prelado lembrou a grande comunidade estrangeira que vive em Braga, muitos deles migrantes. “Quem tem devoção à Senhora das Dores não pode ser indiferente ao sofrimento de muitos e a tantos que circulam na nossa cidade de Braga. É um fenómeno que veio para ficar”, disse, olhando para uma igreja cheia de irmãos e irmãs da Irmandade, que ontem acolheu mais cinco irmãos, dois deles honorários, no caso D. José Cordeiro e o padre Paulo Terroso

Congregados cria missa em inglês em sinal de hospitalidade

Indo de encontro à ideia de acolhimento e de não indiferença aos estrangeira em Braga, o padre Paulo  Terroso anunciou que, a partir do dia 4 de maio, às 15h30, a Basílica dos Congregados passa a rezar uma missa dominical em inglês, para a comunidade internacional, num sinal de hospitalidade e universalidade da fé cristã.

“Esta celebração nasce do desejo de acolher com maior proximidade a crescente comunidade internacional que vive, estuda ou trabalha em Braga, nomeadamente estudantes em mobilidade académica como os do programa Erasmus, investigadores do INL, membros da comunidade americana, entre outras pessoas de diferentes países e culturas”, explica o sacerdote, acrescentando: “Queremos que quem chega a Braga vindo de longe encontre aqui, no coração da cidade, não apenas uma arquitetura bela, mas uma comunidade que acolhe, escuta e reza. Esta Missa é expressão da nossa vontade de ser uma Igreja com os braços abertos — que inclui, acompanha e celebra com todos”.

Depois das cerimónias, os irmãos reuniram-se em convívio. No final, D. José Cordeiro confessou-se emocionado por ser Irmão, garantindo uma maior ligação à Basílica.

O reitor deu as boas-vindas aos novos irmãos e agradeceu a todos.