Arquidiocese de Braga -

A Comissão da Quaresma e da Semana Santa de Braga procedeu, ontem, à entrega de prémios do Concurso “Cruzes Floridas”, inserido na programação da Semana Santa de Braga.

A iniciativa, que decorreu no Tesouro-Museu da Sé de Braga, distinguiu cinco trabalhos realizados por utentes de quatro instituições da cidade, e não três como inicialmente previsto, tendo esta sido uma opção para destacar a qualidade dos trabalhos e agradecer o envolvimento das instituições.

Antes da entrega dos diplomas e prémios, o presidente da Comissão da Quaresma e da Semana Santa de Braga, cónego Avelino Amorim, afirmou que a iniciativa visou, sobretudo, “promover a criatividade e valorizar o talento e as vivências que as comunidades seniores, seja na participação individual, seja na participação do grupo, nos oferecem da sua própria experiência de Páscoa”.

“Este concurso visa precisamente o envolvimento da comunidade. A verdade é que falámos muito de Turismo, mas também é verdade que a Comissão da Semana Santa tem tido a preocupação constante e crescente de olhar e valorizar a participação dos bracarenses", afirmou o cónego Avelino Amorim, acrescentando que «em sinal disso mesmo foi criado o Grupo de Envolvência da Comissão da Semana Santa, e tem sido promovido um trabalho sobretudo  com as "gerações mais jovens”.

A realização do concurso Cruzes Floridas representa “o concretizar de um desejo que vem de trás e que consiste na participação das gerações seniores”, valorizando o seu conhecimento e reconhecendo o seu papel na transmissão das tradições pascais.

“De facto este é, para nós, um gesto de muita gratidão porque a fé e as restantes envolvências da Semana Santa, que são as manifestações culturais, religiosas ou do nosso património, chegam até nós de geração em geração. Portanto, cada geração vai acolhendo o que as precedentes lhe oferecem e vai valorizando este legado com a sua própria experiência”, afirmou.

O sacerdote frisou que a Comissão sente a responsabilidade de continuarmos este legado e de agradecer aos mais velhos por terem feito chegar até nós este património tão importante que constitui  a Semana Santa de Braga, enquanto expressão espiritual e vivência religiosa do mistério central da fé e ressurreição de Jesus, mas também as  suas manifestações e tradições até hoje perpetuadas em Braga. 

Segundo o cónego Avelino Amorim foi esta especificidade que fez, com que a Semana Santa de Braga fosse reconhecida há  quatro anos, como património imaterial nacional “e que nos deu também força para continuarmos num projeto europeu que, muito em breve, será reconhecido também como um itinerário cultural”.

Gil Carvalho, responsável pelo Grupo de Envolvência da Comissão da Semana Santa, reforçou que este concurso conseguiu alcançar o seu objetivo, obtendo uma maior envolvência de toda a comunidade no que respeita à Semana Santa de Braga, em consequência do desafio que foi lançado junto de todos as instituições da comunidade para que, utilizando os mais diversos materiais, os seus utentes criassem uma Cruz Florida.

“Ficámos muito contentes com o resultado e com a diversidade dos materiais utilizados”, disse, agradecendo aos utentes e às instituições. O primeiro classificado foi uma bela cruz florida  realizada por 11 utentes da ERPI Nevarte Gulbenkian/ /Santa Casa da Misericórdia de Braga, tendo o segundo lugar sido atribuído a um trabalho realizado por duas utentes da Irmandade de Santa Cruz.

Foi também atribuído um segundo lugar ex aequo à cruz realizada por todos os utentes do Centro Social da Paróquia de Gualtar. 

O terceiro lugar foi conquistado por duas utentes da Casa do Areal, tendo ainda sido atribuída uma menção honrosa ao trabalho realizado por mais duas utentes da ERPI Nevarte Gulbenkian.