Arquidiocese de Braga -

19 junho 2025

XII Domingo do Tempo Comum

Fotografia

“E vós, quem dizeis que Eu sou?”

Celebrar em comunidade

Itinerário simbólico

Arranjo floral com um círio aceso.

 

Sugestão de cânticos

[Entrada] Deus vive na Sua morada santa – F. Santos

[Apresentação dos dons] Sois Jesus, o meu Deus – M. Borda

[Comunhão] Se alguém quiser seguir-Me – C. Silva / A. Cartageno

[Final] Hino Jubileu da Esperança (Versão Portuguesa) – A. Cartageno

 

Eucologia

[Orações presidenciais] Orações do Domingo XII do Tempo Comum

[Prefácio] Prefácio próprio Oração Eucarística para diversas necessidades III

[Oração Eucarística] Oração Eucarística para diversas necessidades III 

[Bênção] Bênção solene para o Tempo Comum III

 

Catequese Mistagógica

Profissão de fé, segundo a fórmula batismal

Na Liturgia, especialmente em celebrações marcadas pela renovação da nossa condição de batizados, a Igreja convida os fiéis a professarem a fé segundo a fórmula batismal. Esta profissão tem um caráter profundamente mistagógico: é um retorno consciente à fonte da vida cristã, o Batismo, onde cada um foi inserido no mistério pascal de Cristo.

A fórmula da Profissão de Fé está estruturada em três partes, centradas na fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo. A resposta "creio" a cada uma dessas invocações confirma que a nossa fé é trinitária, enraizada no Deus uno e comunhão de amor. E não se trata de uma fé abstrata, mas de um caminho de relação: confiar no Pai que nos cria, seguir o Filho que nos salva, abrir-se ao Espírito que nos renova.

Na fórmula, a resposta é dada pela assembleia no singular: "creio". Este detalhe não é acidental, mas profundamente significativo. No Batismo, Deus chamou cada um pelo nome. A resposta da fé, portanto, é pessoal, livre, íntima. Dizer "creio" é colocar-se diante de Deus com responsabilidade individual, sem se esconder atrás da comunidade, mesmo fazendo parte dela. Esta resposta pessoal revela que a fé não é herdada automaticamente nem imposta de fora, mas acolhida interiormente. É um “sim” que brota do coração, um ato de adesão consciente à ação de Deus na vida de cada pessoa. É um compromisso de viver segundo aquilo que se professa, de se deixar transformar pelo mistério que se celebra. Não basta estar presente: é necessário responder com verdade, assumir pessoalmente aquilo que se celebra. Portanto, esta resposta no singular é um ato de fé que compromete toda a vida. É sinal de maturidade cristã, de liberdade interior e de pertença consciente ao Corpo de Cristo. Que cada vez que dizemos "creio", o façamos com renovado ardor, desejosos de viver o que professamos, transformados pelo amor daquele em quem cremos.

 

Ministérios Litúrgicos

Ao abrir a sua boca e ao proclamar a Palavra de Deus, o leitor transforma-se numa fonte a jorrar para a purificação do povo. Ler não é transmitir um conhecimento por palavras, ler é transformar um texto morto em fonte de água viva, é dizer com toda a vida quem é Jesus, na profecia, na realização e na promessa.

 

Evangelho para os jovens

Imagina que estás com os teus amigos e alguém te pergunta: “quem é Jesus para ti?” – foi mais ou menos isso que aconteceu neste Evangelho. Jesus pergunta aos discípulos: “quem dizem as multidões que eu sou?” e depois vai direto ao assunto: “e vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro responde com convicção: “és o Cristo de Deus”. Esta pergunta de Jesus continua a ser feita hoje e a resposta não pode vir só do que ouvimos na catequese ou na missa. Tem de vir do coração, da experiência pessoal de encontro com Jesus vivo.

Depois, Jesus surpreende: diz que vai sofrer, ser rejeitado, morrer e ressuscitar. Não era isso que os discípulos esperavam ouvir. Eles queriam um líder forte, vitorioso, não alguém que fala em cruz. Mas aqui está o centro do Evangelho: seguir Jesus não é um caminho fácil. Ele diz: “se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”. Em outras palavras, ser cristão não é somente ir à missa ou rezar; é também aprender a amar mesmo quando custa, a perdoar quando é difícil, a fazer o bem mesmo quando ninguém vê. Na prática? É não rebaixar alguém só para ser popular. É ajudar em casa sem que peçam. É defender quem é maltratado, mesmo que isso diminua a popularidade... Cada uma dessas atitudes é uma cruz pequena que carregamos com Jesus.

No fundo, Jesus não nos promete uma vida fácil, mas uma vida com sentido. E no fim, Ele garante: quem perde a vida por amor, acaba por encontrá-la de verdade.

 

Oração Universal

V/ Irmãs e irmãos caríssimos: peçamos ao Senhor, nosso Deus, que faça chegar a toda a humanidade a água que jorrou do coração de Cristo, dizendo, com humildade: 

R/ Senhor, nós temos confiança em Vós.

 

1. Pelos fiéis, consagrados e ministros ordenados das comunidades da nossa Arquidiocese, para que aceitem perder a própria vida, à semelhança de Cristo, que Se entregou por nós, oremos, irmãos. 

2. Por este mundo de discórdia e violência, para que as armas de guerra e de morte se transformem em instrumentos de amizade e de paz, oremos, irmãos. 

3. Pelos que tratam de todos os doentes, para que o façam com dedicação e amor 

e os ajudem a renascer para a esperança, oremos, irmãos.

 4. Pelos catecúmenos das nossas comunidades (paroquiais), para que o modo como vivem os fiéis os ajude a descobrir a luz de Cristo, oremos, irmãos. 

5. Por todos nós aqui reunidos no dia do Senhor, para que a nossa sede de Deus seja um dia plenamente saciada, oremos, irmãos. 

V/ Senhor, Deus omnipotente, que nos ensinastes, pela boca de Jesus, que não fazeis aceção de pessoas, levai-nos a crescer na unidade e a respeitar em cada ser humano a vossa imagem. Por Cristo, nosso Senhor.

R/ Ámen.

 

Saudação da Paz

Quando Jesus pergunta: “e vós, quem dizeis que Eu sou?”, convida-nos a reconhecê-lo não só com palavras, mas nos gestos e atitudes da vida concreta. Reconhecer Jesus no nosso irmão é experimentar o amor misericordioso de Deus. Por isso, ao dizer “saudai-vos na paz de Cristo”, não trocamos apenas uma saudação, mas afirmemos: vejo Cristo, nossa paz, em ti. É um gesto de fé, de comunhão e de amor verdadeiro.

 

 

Encontrar o Pão na Palavra

Meditação Eucarística

No mundo da imagem, nós associamos o sentido da Cruz a toda a coreografia do Calvário. Todavia, o que melhor ilustra o Calvário não são as imagens sangrentas do que lá de facto se passou, mas antes a celebração da Eucaristia. Por isso, junto ao Altar ou sobre ele, deve estar sempre um crucifixo. Como diz santo Agostinho, o sacrifício visível é o sacramento do sacrifício invisível. A Cruz é o ato supremo do amor e do dom de Cristo e a Eucaristia é a celebração viva desse ato. Por isso, a palavra de Jesus: “se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me” é um convite a que a nossa vida se torne eucarística, que nos tornemos no que celebramos: “o Corpo entregue por amor”.

 

Sair em missão

Responde com a vida quem é Jesus para ti. Escolhe um gesto diário que reflita a tua fé: perdoar, ajudar, silenciar, rezar. No fim da semana, completa: “Jesus é para mim…”.


Download de Ficheiros

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Pão na Palavra

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