Arquidiocese de Braga -

23 junho 2025

Arcebispo de Braga realça papel das irmandades e confrarias na evangelização

Fotografia Confraria Abadia - facebook

Jorge Oliveira - DM

D. José Cordeiro presidiu à Eucaristia Dominical no Santuário da Senhora da Abadia

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, destacou este domingo o papel imprescindível das Irmandades e Confrarias na missão evangelizadora da Igreja Católica.

«Na nossa Arquidiocese de Braga, as Irmandades e Confrarias são um elemento decisivo na evangelização», reconheceu o prelado, na Eucaristia a que presidiu no santuário de Nossa Senhora da Abadia, concelho de Amares, onde recentemente foi inaugurado um conjunto de obras importantes, promovidas pela Confraria da Senhora da Abadia.

A celebração, transmitida em direto pela TVI, contou numerosa assembleia de fiéis, entre os quais peregrinos que ali foram cumprir promessas e agradecer graças recebidas.

Na Arquidiocese de Braga existem atualmente cerca de mil Irmandades e Confrarias ativas. Estas, juntamente com os ministérios da catequese, da liturgia, da caridade, das 552 comunidades paroquiais da Arquidiocese caminham, no processo sinodal, missionário e de conversão que foi proposto pelo Papa Francisco e a que todos os fiéis são chamados, disse D. José.

No santuário mariano considerado o mais antigo da Península Ibérica, local de peregrinação e de passagem de milhares de peregrinos para o santuário de S. Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, o Arcebispo reforçou a importância da oração pessoal, familiar, comunitária e, de modo especial ao domingo, alertando que «sem oração não há missão, não há Igreja».

Lembrou a ligação histórica e a proximidade do santuário da Senhora da Abadia à vida monástica beneditina, em especial aos mosteiros de Santa Maria do Bouro, de Santo André de Rendufe e de São Martinho de Tibães e de São Bento da Porta Aberta, referindo que estes locais de peregrinação «tocam as raízes cristãs da Europa», pela influência de São Bento, de São Bernardo, de toda a regra beneditina.

«O Santuário é como uma fonte de água viva e este, em particular, é um lugar magnífico, onde sentimos paz, na casa comum da criação, na beleza que podemos aqui sentir e contemplar», disse.

Depois das obras de requalificação no exterior, na Loja de Turismo e do restauro do órgão de tubos, que voltou a tocar após 45 anos, o santuário da Abadia ganhou novo esplendor e atratividade.

D. José Cordeiro, que esteve presente na inauguração das obras, no dia 16 de junho, convidou os fiéis a visitarem o santuário e contemplarem a imagem da Senhora da Abadia que «concentra-nos no essencial, Jesus Cristo».

Inspirado na pergunta de Jesus: “Vós quem dizeis que eu sou?”, o prelado convidou os cristãos a ouvirem a Palavra de Cristo, a encontrarem-se com Ele e a seguirem-No, livremente, como discípulos missionários e peregrinos de esperança.

A propósito e para reforçar a reflexão, recordou as palavras de Cristo no Evangelho de São Lucas: «Se alguém me quiser seguir, tome a sua cruz de todos os dias e siga-me».

D. José Cordeiro citou ainda palavras proferidas recentemente pelo Papa Leão XIV para dizer que Jesus «não é  um muro que nos separa, mas uma porta que se abre, que nos acolhe, que nos ama, nos perdoa e dá o sentido de plenitude à nossa vida».

«Que a celebração a peregrinação que fazemos aqui à Senhora da Abadia ou qualquer outro santuário, a peregrinação que fazemos todos os domingos, à Eucaristia Dominical renovem em nós esta adesão plena a Jesus Cristo, porque só Ele é o caminho, a verdade e a vida e sem Ele nada podemos fazer», acrescentou.

No início da Eucaristia, solenizada pelo Coro do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, o capelão do Santuário, o cónego Narciso Fernandes, agradeceu a presença de D. José Cordeiro e lembrou, de forma especial, os emigrantes, doentes e os povos sofredores nas várias partes do mundo, os quais estiveram nas intenções desta celebração.