Arquidiocese de Braga -
2 agosto 2025
Braga apresentou ao Jubileu contributo nacional para os 2000 anos da Páscoa

DM - Joaquim Martins Fernandes
Os jovens de Braga que participam no Jubileu dos Jovens, em Roma, foram os escolhidos para apresentar a parte portuguesa do Manifesto Internacional que propõe o caminho que a Igreja Católica deve percorrer até ao Jubileu de 2033, ano em que se comemoram os dois mil anos da Ressurreição de Jesus Cristo.
Redigido em várias línguas, o Manifesto “Para o Caminho da Redenção” foi solenemente apresentado numa celebração litúrgica presidida por D. Rino Fisichella, Pro-Prefeito do
Dicastério para a Evangelização, que também presidiu, na terça-feira, à Eucaristia de Acolhimento que marcou a abertura oficial do Jubileu dos Jovens. Na Liturgia da Palavra que enquadrou a apresentação do Manifesto esteve também o bispo de Palência, Espanha, D. Mikel Garciandia Goñim, na qualidade de coordenador do projeto “Jornada para a Redenção 2033”.
«O Manifesto está escrito em várias línguas. Para apresentar a parte portuguesa, foram escolhidos dois jovens peregrinos da Arquidiocese de Braga», disse ao Diário do Minho Beatriz Daniela. A jovem acrescentou que também o Arcebispo Metropolitano de Braga, D. José Cordeiro, participou na cerimónia, que integrou um momento de oração pela paz no mundo.
João Pinto e Beatriz Araújo foram os dois peregrinos bracarenses que participam no Jubileu dos Jovens que apresentaram, em Roma, a contribuição portuguesa para a Manifesto da caminhada rumo à Páscoa de 2033. O documento a que o Diário do Minho teve acesso através da Equipa de Comunicação da Arquidiocese de Braga criada para o Jubileu dos Jovens compromete os peregrinos portugueses com a construção de «caminhos» que «falem de Deus» e que devolvam o humanismo integral à Europa.
«Erguemo-nos como geração não perfeita, não uniforme, não ideológica, mas humana, sedenta, em busca, crente», refere o Manifesto “Para o Caminho da Redenção”, onde a juventude católica portuguesa se mostra disponível para «servir, amar e caminhar».
«Queremos devolver à Europa as suas raízes», sublinham os jovens católicos portugueses no Manifesto apresentado ontem. Precisa o Manifesto que a juventude que peregrina ao Jubileu dos Jovens quer que «os caminhos» a percorrer até à celebração dos dois mil anos da Páscoa « falem de Deus». O compromisso vai também ao nível do património sagrado, que deve ser entendido como espaço onde a monumentalidade potencia a abertura ao outro. «Que os Santuários não sejam apenas monumentos, mas lugares de encontro e transformação»», lê-se no documento lido em Roma pelos dois jovens bracarenses.
Aquela que foi a celebração mais mediática do programa de ontem do Jubileu dos Jovens foi enquadrada numa jornada centrada na reconciliação de cada jovem com Deus e com os outros. Roma tornou-se uma espécie de cidade do “sacramento da Reconciliação”, com os jovens a terem a possibilidade de se confessar na língua nativa. O programa oficial da jornada ficou marcado pelo sentimento da amizade, promovido pela oração do dia. «Hoje pedimos-Te por aquela família que conseguimos escolher, os amigos. Ajuda-nos a ser verdadeiros amigos, a construir amizades genuínas, onde estejamos presentes nos momentos de alegria e de dificuldade», lia-se na oração da autoria da jovem Leonor Lopes, de Condeixa, que o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil elegeu para o dia de ontem.
Na noite de quinta-feira, o “arraial minhoto” realizado pela Arquidiocese de Braga mostrou aos jovens de todo o mundo os valores culturais, gastronómicos e da hospitalidade do Minho. «Foi uma grande realização, que atraiu jovens de quase todas as dioceses portuguesas e de dioceses de vários países», disse Beatriz Daniela, destacando o sucesso que a gastronomia minhota fez na capital italiana. O Arcebispo D. José Cordeiro também esteve na confraternização, tendo conversado com vários jovens peregrinos.
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