Arquidiocese de Braga -

4 agosto 2025

"Pais devem colocar Deus no coração dos filhos"

Fotografia Avelino Lima

DM - José Carlos Ferreira

Apelo do Arcebispo de Évora na Peregrinação à Senhora do Socorro, em Areias de Vilar

O Arcebispo Metropolita de Évora defendeu ontem que, num mundo em guerra, onde falta Deus, os pais devem colocar Jesus no coração dos seus filhos.

O apelo foi feito na Eucaristia a que presidiu da peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora do Socorro, em Areias de Vilar, Barcelos. 

«Não deixemos de dar estes valores aos nossos filhos na nossa educação, Deus humanizado e Jesus no coração», disse D. Francisco Senra Coelho. Para o prelado, nas múltiplas ofertas de atividades que podem dar aos filhos, os pais não devem omitir a catequese, sob pena de «escolherem tudo, menos os valores humanos que vêm dos princípios da fé». Sem a catequese, «estamos a preparar pessoas vazias, pessoas sem luz, pequenos tiranos que um dia serão grandes tiranos, quem sabe, contra os próprios pais». Olhando para as grandes árvores do recinto do Santuário, que o Arcebispo de Évora, natural de Adães, conheceu pequeninas, disse colher dali um ensinamento. «As árvores que aqui estão foram pequeninas sementes. É com pequenos gestos, pequeninas sementes, que vamos pondo nos corações dos nossos filhos, que fazemos deles árvores frondosas, com flor e fruto, capazes de dar de si vida e sombra a quem passa e a quem se alimenta», salientou.

Na sua homilia, D. Francisco Senra Coelho apelou também às famílias para que consigam ter em sua casa um espaço de Deus. Segundo o prelado este espaço de Deus «pode ser aquele dia sagrado que é o domingo, ou o sábado à tarde, para estar uma hora com o Senhor, para renovar o compromisso da fé».

Recordando que nascemos nus e, quando morremos, tudo fica, o Arcebispo Metropolita de Évora vincou que apenas levamos connosco aquilo que o nosso coração juntou no coração de Deus. «Foram as boas obras e uma vida sensata», salientou, pedindo a Nossa Senhora do Socorre que todos saibam, neste mundo complexo, com «muitas rotundas sem sinalética, escolher bem a nossa saída».

E essa escolha, explicou, é trabalhar por um mundo melhor, dando cada um o seu contributo, sabendo servir, sendo Homem e Mulher, Pai e Mãe, Avô e Avó. No final da Eucaristia, como é habitual, D. Francisco Senra Coelho benzeu os doentes presentes nesta peregrinação.