Arquidiocese de Braga -
19 outubro 2025
"Renovar" é missão

DACS
“Renovar é missão” afirmou o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, na homilia da celebração que encerrou a segunda edição do Renovar, neste domingo no domingo, 19, Dia Mundial das Missões. O encontro aconteceu neste fim de semana no Multiusos de Guimarães. E a terceira edição já tem data: dias 24 e 25 de outubro de 2026, no Fórum Braga.
Os cerca de mil participantes que estiveram reunidos nestes dias foram convidados a alargar esta renovação em toda a arquidiocese, “na esperança da missão” que receberam durante estes dias.
“Deus nos chama à missão, caminhamos juntos neste caminho que é iluminado pelo Espírito Santo”, afirmou o arcebispo.
D. José lembrou ainda que é preciso levar esse ardor missionário para a Assembleia Arquidiocesana, que acontece no próximo dia 29 de novembro, em Vila Nova de Famalicão.
Os próximos passos do Renovar
«A mudança é criativa e necessária » afirmou padre Sérgio Torres na avaliação do encontro e dos novos passos que serão seguidos na Arquidiocese.
Na organização, idealização e realização do Renovar também estão os padres Marcelino Ferreira e o padre Vítor Araújo, junto ao padre Sérgio.
Um próximo encontro para os participantes desta edição do Renovar já está agendado para o 3 de janeiro do próximo ano, das 9h15 às 12h30, no antigo seminário interdiocesano.
Cinco pontos foram colocados para que as aprendizagens e partilhas do Renovar sejam colocadas em prática: paróquias orantes, equipa de liderança pastoral, prazo para todas as lideranças, proposta de primeiro anúncio e a criação de pequenos grupos.
«Não é para chegar dos 0 a 100 de uma vez, vamos dar passos concretos », explicou padre Sérgio, lembrando que o caminho tem etapas e pilares, com passos práticos e adequados às ferramentas existentes em cada comunidade.
Os padres aproveitaram também para agradecer a todos os parceiros que tornaram possível a realização do evento e aos voluntários. Entre os agradecimentos a todos os apoiadores, foi feito um em especial ao arciprestado de Guimarães e Vizela.
A importância da Equipa Paroquial
No período da manhã, o tema “Liderança Pastoral: Equipa Paroquial”, foi abordado por D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra, Carlos Neves e Celeste Rodrigues.
D. Virgílio ressaltou que o “pressuposto fundamental para qualquer mudança é a convicção da necessidade dessa mudança, que tem que ser interiorizada por todos”
“A participação e a convicção do clero é essencial para esse processo. Todos precisam estar convencidos e disponíveis para que essa mudança aconteça”, afirmou.
O prelado lembrou ainda que o “último sínodo reforçou a necessidade do caminho ministerial” e que é preciso passar de uma dimensão para outra, sem estar presos ao passado, mas com um olhar para o “futuro”.
“A nossa maior dificuldade é sermos como sempre fomos”, disse. “A missão de levar a semente a todos” passa por “fazer uma nova forma viva e credível de Igreja”, num caminho marcado pela esperança do nosso tempo, afirmou o bispo de Coimbra.
Carlos Neves falou das equipas de animação pastoral. Ele destacou a importância deste trabalho, em especial por serem equipas solidárias e referencialmente ligadas aos párocos. “Elas tem um olhar para o todo da comunidade e dinamizam a vida daquela comunidade, cujo animador é o pároco”.
“Não se tira nada ao pároco. A ideia é apoiá-lo, estar com ele”, sublinhou. Carlos também falou da importância da formação e do papel do papel do bispo diocesano, que “cria uma pressão positiva nos padres”.
Celeste Rodrigues deu um bonito testemunho de equipa de animação pastoral. “Somos quase família. Uma equipa tem que criar laços. Começamos os nossos encontros mensais sempre com um jantar, onde podemos falar das nossas vidas. Foi assim que fomos nos organizando, nos conhecendo”, explicou.
“Temos um plano que nos vem da diocese e depois colocamos em prática sempre em unidade com o pároco”, disse. "Estamos no meio do povo, somos povo”, disse ela, ao exemplificar que começaram com três paróquias e agora passaram para 11", completou.
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