Arquidiocese de Braga -

«Ninguém consegue renovar sozinho a Igreja. E não sei se a si próprio também», lembrou o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro no Encontro de Natal do Clero que se realizou ontem, no Auditório Vita, juntando bispos, sacerdotes e seminaristas e uma convidada especial: a humorista Maria Rueff, que partilhou o seu testemunho de fé e a importância da comédia, quando virada para o bem.

Depois de um momento de oração. D. José Cordeiro deixou uma mensagem, sustentando que, apesar de «ninguém poder renovar sozinho a Igreja, cada um pode dar uma porção de si, uma porção quotidiana, para que a renovação aconteça». «E no tempo tão complexo em que vivemos, com mudanças tão rápidas e de uma mudança de época sem precedentes precisamos deste encontro e desta escuta do Espírito e da Palavra de Deus para também nos escutarmos uns aos outros e partilharmos o nosso sentir de viver e peregrinar no jardim da esperança», disse.

Na sua intervenção, D. José Cordeiro lembrou ainda que «a fonte é a palavra de Deus» e deixou a questão – «será que a fonte tem água em nós? – para lembrar que «podemos ser como fontes sem água se a nossa vida não for coerente com aquilo em que acreditamos, com aquilo que celebramos, com aquilo que faz arder o nosso coração para iluminar», vincou, convidando os presentes a ser «servidores criativos no jardim das esperanças».

O Prelado aproveitou ainda o momento para apelar à prática do voluntariado: «até ao final deste mês estão abertas as inscrições para o voluntariado missionário. E se nos dispomos a ser esta Igreja sinodal missionária, também é preciso ter esses gestos e passos concretos», salientou.

Recordou igualmente o aniversário jubilar que se celebra com uma eucaristia no dia 28 de dezembro, às 15h00, na Sé Catedral, marcando assim o encerramento do Ano Jubilar.

Após a intervenção de D. José Cordeiro, tomou da palavra Maria Rueff, que destacou a importância de «nos rirmos com e não de alguém».

Recordou o seu encontro com o Papa Francisco em junho de 2024, quando o mesmo recebeu mais de cem humoristas de todo o mundo. 

«Finalmente a Igreja dá dignidade à arte da comédia», disse, sustentando que «o próprio riso nasce da cruz», «quando conseguimos ganhar distância sobre a dor».