Arquidiocese de Braga -
22 dezembro 2025
Igreja de Braga confia pais, mães e bebés à proteção da Sagrada Família
DM - Jorge Oliveira
A Sé Primacial de Braga celebrou ontem, com a participação de uma assembleia numerosa, a festa de Nossa Senhora do Ó ou da Expectação de Nossa Senhora, durante a qual teve lugar a tradicional Bênção das Grávidas.
A Eucaristia foi presidida pelo cónego José Paulo Abreu, Deão da Sé, que confiou todas as famílias presentes – pais, mães, bebés por nascer e bebés já nascidos – à proteção da Sagrada Família, pedindo que estas novas famílias «sejam réplicas da Família de Nazaré».
Na homilia, ancorado nas leituras do dia, o Deão da Sé convidou os fiéis a “construir” com ele o Presépio, evocando as suas figuras essenciais. Começou por S. José, apresentando-o como um homem crente, obediente, silencioso, que acolhe o projeto de Deus com coragem.
«Este José não é barulhento, não faz ruído. É o silêncio bem-fazejo que protege, ajuda e ama sem se impor», descreveu, sublinhando sua capacidade de escutar Deus através dos sonhos e dos sinais da vida.
«Ele foi este pai e este esposo que soube acompanhar Maria, soube protegê-la, soube acarinhá-la e soube fazer crescer aquele rebento do qual Deus o pôs como pai adotivo», acrescentou.
A S. José, o cónego José Paulo Abreu confiou os novos pais presentes na cerimónia.
A segunda figura do Presépio foi Nossa Senhora, cuja vida foi descrita como uma entrega total ao projeto de Deus.
«O padre António Vieira, dizia: Nossa Senhora está tão pertinho de Deus que só lhe falta ser Deus. E Nossa Senhora está tão pertinho de nós que só lhe falta o pecado. E é por isso que ela nos entende tão bem. E é por isso que ela pode ser nossa intercessora, melhor que ninguém junto de Deus. Ela é filha de Deus Pai, é mãe de Deus Filho e é esposa do Espírito Santo. Ninguém como ela tem comunhão com a Trindade», salientou.
À Virgem Maria foram confiadas todas as novas mães bem como todas as grávidas – aquelas que aguardam o momento de acolher os seus filhos nos braços.
Por fim, o cónego José Paulo Abreu centrou-se na figura do Menino Jesus, o prometido da descendência de David, aquela que «vem salvar, reconciliar, restaurar todos na concórdia».
«Este Deus que está a chegar tem um nome muito próprio para além de Jesus. Ele é o Emanuel, é o Deus connosco», acrescentou.
Ao Menino Jesus, o Deão confiou todos os bebés por nascer.
A bênção das grávidas decorreu junto da imagem da Senhora do Ó, tendo sido entregue a cada futura mãe uma pagela com uma oração, pedindo a Deus uma «hora feliz» no momento do parto.
Nesta Eucaristia, no IV Domingo do Advento, foram ainda celebradas as bodas de ouro matrimoniais de Natália Bento e Manuel Joaquim Bento, com a presença dos filhos e netos.
A bênção das grávidas contou com a colaboração da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Braga, representada pelo casal coordenador, Elisabete e Paulo Coutinho, que destacaram o profundo significado desta «celebração da vida», intimamente ligada à devoção da Senhora do Ó, «tão querida da Sé e da Cidade de Braga».
«Faz todo o sentido celebrarmos a vida com a bênção das mães grávidas e das crianças. As famílias são um jardim de esperança, como tão bem disseram os nossos bispos na mensagem para o Advento e Natal», acrescentaram.
A celebração foi solenizada pelo Coro da Sé de Braga e realizou-se neste domingo por ser o mais próximo da festa de Nossa Senhora do Ó, celebrada a 18 de dezembro.
Partilhar