Arquidiocese de Braga -

18 outubro 2018

Sínodo prepara carta aos jovens de todo o mundo

Fotografia Vatican News

DACS com Agência Ecclesia

A próxima semana de trabalhos do Sínodo vai ser dedicada à discussão e elaboração do documento final, bem como da carta dos bispos aos jovens de todo o mundo.

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Os participantes no Sínodo dos Bispos sobre as novas gerações, que decorre no Vaticano desde 3 de Outubro,  vão enviar uma “carta aos jovens de todo o mundo”, anunciou hoje o responsável pela comunicação da Santa Sé.

Paolo Ruffini afirmou, em conferência de imprensa, que a próxima semana de trabalhos vai ser dedicada à discussão e elaboração do documento final, bem como da referida carta, a ser redigida por uma comissão de oito pessoas.

Membros da comissão:
Cardeal Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui (República Centro Africana)
Arcebispo Anthony Colin Fisher, de Sydney
Bispo Eduardo Horacio García de San Justo (Argentina)
Bispo Auxiliar de Lyon, Emmanuel Gobilliard
Briana Regina Santiago (EUA)
Anastasia Indrawan (Indonésia)
Irmão Alois (prior da Comunidade Ecuménica de Taizé)
Pe. Michele Falabretti (Itália)

O encontro com os jornalistas contou com a presença do cardeal etíope D. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, arcebispo de Adis Abeba, o qual destacou o papel dos jovens no continente africano, dispostos a “mudar a sua situação”, sobretudo no combate à pobreza.

O responsável assinalou que a maior parte das migrações da população juvenil acontece “dentro da África” (cerca de 80%), lembrando que a Etiópia recebe cerca de 1 milhão de refugiados, apesar da sua pobreza.

O arcebispo de Adis Abeba deixou críticas aos países europeus que “fecharam as fronteiras”, bem como aos traficantes de armas e de pessoas ou às empresas multinacionais que exploram os recursos africanos, denunciando os “enormes interesses económicos” na região, que fazem esquecer a morte de muitos jovens, que fogem da guerra e da pobreza.

Na abertura da conferência de imprensa, o prefeito para o Dicastério da Comunicação da Santa Sé assinalou que o Sínodo debateu o papel das mulheres, condenando “qualquer forma de machismo”, e o tema da justiça social.

Entre as várias intervenções, acrescentou Paolo Ruffini, houve um pedido de criação de um Conselho Pontifício para os Jovens e de convocação de um Sínodo sobre as mulheres, à imagem do que já tinha sido pedido pelo Conselho Pontifício para a América Latina.