Arquidiocese de Braga -

20 outubro 2021

Liechtenstein é a primeira diocese a recusar participar no Sínodo

Fotografia DR

DACS

Arcebispo Wolfgang Haas alega que o processo é muito “complexo” para uma Igreja local tão “pequena” e que pode converter-se em algo “ideologicamente viciado”.

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A primeira fase do processo sinodal já começou em todas as dioceses do mundo. Um itinerário que se irá estender até Outubro de 2023, quando o Sínodo da Sinodalidade propriamente dito se irá reunir em Roma. Mas será que todas as dioceses estão realmente na mesma página? Não. O Arcebispo de Vaduz, capital do Liechtenstein, Wolfgang Haas, não quer participar.

 

Um processo ideologicamente viciado

“Sou da opinião que, na nossa pequena Arquidiocese, podemos, por boas razões, abster-nos de realizar um procedimento tão complexo e às vezes até complicado, que na nossa parte do mundo corre o risco de converter-se em algo ideologicamente viciado”, refere o comunicado do Arcebispo no site da diocese.

O prelado defende que entre as paróquias e os sacerdotes há um contacto mútuo “rápido e descomplicado”, de modo que “um intercâmbio espiritual e espiritual sempre foi e é possível”.

“Nos conselhos paroquiais e eclesiais, bem como na escola, nas instituições sociais e de caridade e nas instituições de ensino, existem relações constantes entre as pessoas interessadas, onde pode haver uma interacção responsável, diplomática e sensível”, escreve o Arcebispo, acrescentado que, ainda assim, o Arcebispo e o Vigário Geral estão à disposição para qualquer sugestão.

Wolfgang Haas afirma que, mesmo nos documentos preparatórios para o Sínodo, a principal missão de um Bispo é ouvir, ao invés de se envolver “em grandes discussões e debates”.

“Deve ser ouvir o que o Espírito Santo nos quer dizer. Esta escuta pressupõe a nossa oração pelo dom espiritual do discernimento. Acima de tudo, gostaria de encorajar a oração por este presente especial e pedir a todos a bênção de Deus”, escreveu.

Haas é o primeiro Bispo da Arquidiocese de Vaduz, criada em 1997, e já viveu momentos de tensão quando foi bispo de Chur, na Suíça, nomeado por João Paulo II.

Artigo adaptado a partir de Vida Nueva Digital.