Arquidiocese de Braga -

30 dezembro 2021

“Política sã” é “urgente”, diz Comissão Justiça e Paz

Fotografia Orlando Almeida/Arquivo Global Imagens

DACS com RR

A um mês das eleições legislativas, o organismo da Igreja Católica divulgou uma nota sobre a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2022 e pede diálogo sobre os problemas do país.

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A Comissão Nacional Justiça e Paz considera que é urgente uma “política sã”, que seja “um verdadeiro e generoso serviço capaz de garantir os elementares direitos de todos”, e sublinha que “o exercício do diálogo podia ser um passo importante para, nas diferenças que são próprias da democracia, se poder falar de ideias, projectos e propostas sem se pôr em causa as pessoas”.

A um mês das eleições legislativas, o organismo da Igreja Católica divulgou esta quinta-feira uma nota sobre mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2022, na qual afirma que é “preciso abrir um diálogo sério entre as gerações sobre a falta de perspectivas laborais dignas, a ameaça constante do desemprego, as cidades que escorraçam as pessoas para as periferias, as implicações do acentuado envelhecimento da população, o baixíssimo número de nascimentos como se estivéssemos em estado de guerra.”

Sobre a educação, outro dos pontos abordados pelo Papa Francisco, a Comissão Nacional de Justiça e Paz sublinha a necessidade de “entrar noutra onda dialógica, num novo paradigma”, que envolva as famílias, comunidades, escolas, universidades, instituições, religiões e governantes. “Ao falar-se de educação, esta não deve abranger apenas a exclusividade do Estado, mas permitir que outras respostas possam ser tidas em conta de forma verdadeiramente livre para todos, sem complexos”, dizem os responsáveis.

Frisando que o “trabalho deve ser remunerado de forma justa” e, dando conta que a mão-de-obra dos imigrantes é cada vez mais revelante para o país, a Comissão Nacional Justiça e Paz convida a que se tenha presente a regra “Faz aos outros o que gostaria que fizessem a ti”.

“É nesta óptica de diálogo que será possível ter presente no topo dos objectivos das empresas a responsabilidade social, não apenas como um propósito que fica bem, mas para que sejam “lugares onde se cultiva a dignidade humana, participando por sua vez na construção da paz”.