Arquidiocese de Braga -

3 outubro 2022

Arcebispo de Moscovo espera que o pedido de paz de Francisco toque os “corações” de Putin e Zelensky

Fotografia DACS

DACS com Vida Nueva Digital

Para Paolo Pezzi, “as forças que movem o destino dos povos são as mesmas que movem o coração do homem”.

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O apelo enérgico pela paz na Ucrânia, durante o Ângelus de ontem, Domingo, 2 de Outubro,  no qual Francisco chegou a implorar a Putin uma negociação que evite a possibilidade de um desastre nuclear, teve diferentes ecos na Rússia.

Assim, enquanto o chefe das Relações Exteriores do Patriarcado, o Metropolita Antonij, assegurou que as relações entre o Vaticano e o Patriarcado Ortodoxo de Moscovo estão “praticamente congeladas”, o arcebispo de Moscovo, Paolo Pezzi, quis ver um vislumbre de esperança.

 

Apelo sincero e profundo

Falando à agência Sir, o prelado de Moscovo agradeceu o gesto papal, alheio à diplomacia e do fundo do coração: “Um apelo tão sincero e profundo só pode vir de uma profunda identificação com o coração de Cristo e de uma oração intensa”.

“Acho que estas palavras não podem deixar de chegar ao coração do presidente russo, do presidente ucraniano e talvez de muitos outros. Pelo menos eu espero que sim”, afirmou.

Pessoalmente, Pezzi nunca esquecerá o Ângelus de ontem, dedicado inteiramente a clamar pela paz: “Foi muito emocionante para mim”.

Agora, o próximo passo é urgente: que, efectivamente, tenha eco nas lideranças.

“A situação é realmente preocupante. (…) O Papa não o esconde. Nem devemos escondê-lo. Como diz o Papa Francisco, a preocupação surge de uma escalada percebida e da falta de um caminho que não foi trilhado para inverter as coisas. Como estas palavras tocam o coração de muitos, isto pode mudar o destino do mundo. Não esqueçamos que as forças que movem o destino das pessoas são as mesmas que movem o coração do homem, tudo depende realmente de como e quanto esse anúncio é recebido”, concluiu.

Artigo de Vida Nueva Digital, publicado a 3 de Outubro de 2022.