Arquidiocese de Braga -
23 fevereiro 2025
Assembleia Sinodal Arquidiocesana propôs ações concretas à Igreja de Braga

DM - José Carlos Ferreira
Grupos de trabalho refletiram com base no documento final do Sínodo
A IV Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que decorreu durante toda a manhã de sábado, 22 de fevereiro, no Espaço Vita com a presença do Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, e do Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, fica marcada pelas propostas concretas que os participantes deixaram à Igreja de Braga.
Do trabalho desenvolvido em grupos saíram propostas para as comunidades paroquiais, como um maior envolvimento dos seminaristas e das Irmãs nas paróquias, um melhor uso dos meios digitais, a promoção de formação para a vivência da Liturgia, uma maior escuta do outro, a realização de, pelo menos, duas assembleias paroquiais que unam toda a comunidade, a realização de momentos de oração tendo a Eucaristia como momento espiritual, que os Conselhos Paroquiais sejam também deliberativos, o incentivo à criação de mais grupos de jovens e de visitas aos doentes e migrantes, a reorganização das comunidades paroquiais e promover o silêncio para escutar o Espírito Santo.
Não menos importante e também como propostas para realizar nas paróquias, foi sugerido pelos grupos de trabalho a criação de momentos de convívio no final das celebrações e a criação de um dia paroquial, como formas de fomentar a unidade.
O Arcebispo Metropolita de Braga explicou que, com esta IV Assembleia Sinodal Arquidiocesana pretendeu-se prosseguir o caminho sinodal.
“A sinodalidade não é uma moda da Igreja. Sempre foi o caminho da Igreja, em algumas épocas mais acentuado, outras menos, e agora renovado com este impulso que o Papa Francisco dá à Igreja. A sinodalidade é um modo de ser Igreja e estamos todos a reaprender esse novo estilo, porque parte de uma conversão pessoal, para que depois possa ser uma conversão pastoral, missionária e até misericordiosa, como acrescenta o Papa”, disse D. José Cordeiro.
Para o prelado, que falava à margem dos trabalhos de grupo, a sinodalidade é, no fundo, “esta atitude de escuta do Espírito Santo, de nos escutarmos uns aos outros, de nos sentirmos convocados pelo mesmo Espírito a discernir, para depois decidir, avaliando, porque se trata de um processo, e hoje, sobretudo, a partir dessa pergunta que nos é dada à luz do documento final da Assembleia, à luz daquilo que já aconteceu em Fátima de todas as dioceses, que é, como renovar as nossas comunidades cristãs”.
Igreja de Braga já trabalha
Questionado sobre o que é que a Igreja de Braga vai fazer com estes contributos que está a receber, o Prelado frisou que a Arquidiocese de Braga já está a trabalhar, e vai continuar a trabalhar com eles. “A esperança é humilde, mas não tem limites, e é com contributo de todos. Todos foram convidados, alguns aceitaram este desafio para esta IV Assembleia Sinodal, mas não se circunscreve aqui. Tudo o que fazemos na Igreja deve ser à luz deste processo sinodal que se está a fazer. Por isso é que a sinodalidade dá que fazer, também cansa, e alguns até têm a tentação de desistir durante o processo, mas não desistir nem desanimar. É ir por diante, confiar, porque o Espírito Santo é que é o protagonista da missão”, acrescentou.
Esta IV Assembleia Sinodal começou na Capela Imaculada, com um momento de oração e uma reflexão do Arcebispo de Braga, na qual D. José Cordeiro lembrou o Cónego Manuel Azevedo Tinoco, que faleceu ontem. Seguiu-se depois uma explicação pelo Cónego Eduardo Duque do Documento Final do Sínodo, realizando-se depois os trabalhos de grupo de onde saíram as propostas.
Partilhar