Arquidiocese de Braga -

11 novembro 2021

Igreja da Polónia enfrenta a política de imigração do país com as suas “Tendas da Esperança"

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

“Independentemente das circunstâncias de chegada dos migrantes, eles precisam do nosso apoio espiritual e material”, disse o presidente da Conferência Episcopal da Polónia.

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Enquanto a política de migração de Andrzej Duda, Presidente da Polónia, se esforça para fechar as fronteiras – especialmente com a Bielorússia – a Igreja Católica do país voltou a apelar para que os migrantes e refugiados que tentam entrar na Polónia recebam ajuda humanitária.

Com este objectivo, a Igreja polaca tem promovido, através da Cáritas, a iniciativa “Tendas da Esperança”, com a qual, ao colocar tendas nas fronteiras do país, atenderá os migrantes que conseguem entrar.

“Independentemente das circunstâncias de chegada dos migrantes, eles precisam do nosso apoio espiritual e material”, destacou em comunicado D. Stanisław Gądecki, presidente da Conferência Episcopal da Polónia.

“A nossa solidariedade deve ser demonstrada às pessoas necessitadas, sem prejudicar a segurança da Polónia”, acrescentou D. Gądecki.

 

Pontos de encontro mútuo

Da mesma forma, o prelado pediu aos fiéis poloneses que contribuíssem para uma campanha nacional de angariação de fundos para os migrantes que acontecerá depois das Santas Missas no Domingo, 21 de Novembro.

Os recursos serão utilizados pela Cáritas “para financiar actividades de ajuda em áreas de fronteira durante a crise de migração e o processo de integração de longo prazo de refugiados que decidem permanecer na Polónia”.

Marcin Iżycki, director da Cáritas Polónia, destacou que, além da alimentação e das necessidades básicas, através das “Tendas da Esperança”, é proporcionada a “tranquilidade” às pessoas “que vivem nas zonas fronteiriças, que muitas vezes lutam contra o medo e os dilemas sobre a situação”.

“As nossas tendas são um ponto de encontro para o apoio mútuo. Queremos que se convertam em bons lugares para todos”, disse Iżycki.

Artigo de Elena Magariños, publicado em Vida Nueva Digital a 11 de Novembro de 2021.